Viagem de preconceito
Imagem da internet Como em todas as férias da faculdade, eu retorno para Minas, minha cidade natal, para passar um tempinho com a minha família. Nesse ano não foi diferente. As férias logo chegaram ao fim e eu precisava voltar para a rotina. Na rodoviária, sempre compro um bilhete para o banco da janela, torcendo para que o banco do corredor esteja ocupado – tenho esperança de que o meu amor sentará ao meu lado. Naquele dia, o meu amor não sentou. O banco foi ocupado por uma senhora que me contou algumas histórias de sua juventude. Ela comentou sobre como minha cidade, antigamente, não se parecia em nada com o que eu via agora. “O tempo era mais frio”, ela dizia. Também falou que foi proibida pelo pai de jogar vôlei e, por isso, foi colocada em um colégio interno. Contou como se casou, para onde estava indo e até o que iria fazer. Eu, como uma boa ouvinte, a escutei. Até que veio a pergunta: o que eu ia fazer em São Paulo?. Como sempre, estufei o meu peito, abri um sorriso, ar...